O
outono chegou na última sexta-feira (20/03) e trouxe a tão esperada
chuva. Como é um período de transição, a estação traz períodos de
instabilidade, fazendo calor em alguns períodos e trazendo fortes chuvas
em outros, do mesmo modo como é o verão, ou pelo menos como deveria ter
sido este ano.
Somente
no sábado (21/03) e no domingo (22/03) choveu 42,7 milímetros, segundo a
Defesa Civil de Campos. Mesmo com esse considerável índice
pluviométrico, o setor agrícola continua passando por dificuldades,
assim como o Rio Paraíba do Sul.
Na
medição realizada às 8h desta segunda-feira (23/03), a cota do Paraíba
marcava 4,85m, muito abaixo do normal e mesmo que a previsão aponte
chuva para os próximos dias, não há expectativa de que o nível do rio
suba.
Para
o técnico em meteorologia, Carlos Augusto Souto, as chuvas dos últimos
dias não compensam a falta delas no verão. "Esse é o terceiro ano
seguido que a gente tem uma seca bem acentuada e esse ano foi a pior. De
primeiro a 31 de janeiro o nível de chuva foi zero e isso é
inacreditável. Isso causa um déficit hídrico muito grande.”
Mesmo não resolvendo os problemas, a chuva traz certo alívio para produtores rurais da região. "Estamos felizes com essa chuva que caiu no sábado, deu um alívio, mas a absorção do solo é diferente do asfalto, é muito rápido e não faz muito efeito. Estamos numa situação crítica ainda, precisando de muito mais chuvas", ressaltou Beto da Fonseca, produtor e criador, que revelou ainda que chegou a abrir poços e relocar os animais para que eles pudessem ser alimentados.
Mesmo não resolvendo os problemas, a chuva traz certo alívio para produtores rurais da região. "Estamos felizes com essa chuva que caiu no sábado, deu um alívio, mas a absorção do solo é diferente do asfalto, é muito rápido e não faz muito efeito. Estamos numa situação crítica ainda, precisando de muito mais chuvas", ressaltou Beto da Fonseca, produtor e criador, que revelou ainda que chegou a abrir poços e relocar os animais para que eles pudessem ser alimentados.
Carlos
Augusto ainda ressaltou que para o Rio Paraíba essa chuva não faz muito
efeito. "Para o Rio, ela [chuva] é muito irrelevante, teria que chover
muito mais. Era comum no verão, a gente pegar ônibus na Beira Rio e
conseguir colocar a mão no Rio. E esse ano isso não aconteceu",
exemplifica, informando que para ser significante para o Paraíba, a
chuva teria que acontecer na Região Serrana e em Minas Gerais e ainda
assim teria que ser em grande volume.
O
técnico alerta que a população não pode se deixar enganar pelas chuvas
que caíram em Campos e região e também em São Paulo. A palavra de ordem
continua sendo a racionalização da água. "As pessoas têm que pensar que a
chuva que caiu em São Paulo, nos últimos quatro dias deveria ter
acontecido em vários dias de dezembro, janeiro, fevereiro e no início de
março. Mesmo que chova até o final de março, não compensa a chuva que
deixou de cair."
Segundo
o Climatempo, a previsão da semana para Campos e região é de tempo
instável, podendo chover a qualquer momento. As temperaturas variam
entre 20 e 35 graus.
Fonte: Ururau
















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