A arte do spray saiu das ruas e ganhou as paredes do Pavilhão das
Culturas Brasileiras, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Mais de 60
artistas estão na 3ª Bienal Internacional do Graffitti.
No parque, o movimento e a vida vão se misturando às cores e aos
traçados que se espalham. Quase não tem divisão entre fora e dentro, rua
e prédio na 3ª Bienal do Graffiti.
As pinturas que colorem as grandes cidades aqui ganham também outras
dimensões. Os bonecos já foram grafites, agora, em retalhos recheados,
têm a tarefa de atrair doação de roupas para quem precisa. Essa vocação
militante está na raiz do grafitti, que nasceu na Roma antiga onde se
escrevia palavras de ordem em carvão nas paredes.
Pela janela do ônibus, balançando dentro do carro, na correria. É assim
que a gente costuma ver o grafitti. Mas essa parada para observar
melhor muda não só o ponto de vista, mas até a imagem que muita gente
tem dessa arte de rua.
A mãe do Luís hoje gosta, mas admite que já teve preconceito.
“De que era coisa de vadiagem, sabe, uma maloqueragem a mais. Hoje não,
hoje já vejo mais como arte. Você anda nas ruas de São Paulo por
exemplo, tem coisas belas. E assim o colorido dá uma vida também, nas
cidades”, conta Dailza França, cabeleireira.
Agora as pessoas se encantam em conhecer melhor esse parente mais
popular da arte dos museus e das galerias. Uma arte que tem seus ídolos e
referências como o americano Pose2 e sua pintura abstrata, o alemão
Tasso, famoso pela ilusão 3D que cria. Há o estilo tão particular do
japonês Gean. As máscaras que fazem os detalhes na pintura da paraense
Drika. As pinceladas surrealistas do baiano "Da Lata", que desta vez
trocou paredes por telas. Mas é o spray que une esses artistas das ruas,
uma gente que deixa a vida menos cinza.
“Eu acho bem bonito, que é uma coisa agrada os olhos, que diferencia
desses, é dessas coisas pretas digamos assim, pretas e brancas da
cidade. Eu acho interessante”, comenta o estudante Luiz Felipe França.
E bem mais divertida.
FONTE: JN- G1
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