Pelo menos parte dos problemas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) Darcy Ribeiro, em Campos, pode ser resolvido com a doação de um recurso no valor de R$ 1,5 milhão feito pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para a instituição. O dinheiro, que ainda não está disponível, terá como prioridade amenizar a situação dos servidores terceirizados que estão, desde outubro do ano passado, sem receber os auxílios alimentação e transporte.
Embora o dinheiro venha em boa hora, o cenário da Uenf – considerada a 11ª entre as instituições de todo o Brasil e a que tem a maior oferta de bolsas para estudantes de graduação no país –, ainda é de preocupação, já que a instituição vive uma crise impressionante acumulando, desde o final do ano passado, uma dívida estimada em R$ 12 milhões.
Segundo o reitor da universidade, Luis Passoni, a expectativa é de que o recurso entre nos próximos dias. “A Comissão de Educação da Alerj nos orientou a estar priorizando o pessoal terceirizado. Embora estejam com os salários em dia, esses servidores experimentam um atraso nos auxílios alimentação e transporte desde outubro do ano passado”, acrescentou.
Com cortes de telefone e combustível e ainda com ameaças de fechar suas portas, a Uenf sofreu mais um “baque”, quando na manhã desta segunda-feira (02/05), ofornecimento de energia da Casa de Cultura Villa Maria (entidade que pertence à instituição) foi interrompido.
Por conta disso, o jurídico da universidadeimpetrou mandado de segurança pedindo religamento da energia elétrica da Villa Maria e solicitando que não seja feito novos cortes. Com o mesmo objetivo, a Comissão de Educação da Alerj oficiou a Defensoria Pública Geral do Estado.
“Nós entramos com um mandado de segurança e ontem (terça-feira) tivemos reunião na Secretaria de Ciência e Tecnologia, no Rio e, que, também está realizando gestões junto a concessionária Ampla. Temos uma expectativa de que ainda hoje (quarta-feira) a gente consiga uma liminar determinando o religamento da energia”, confirmou.
BOLSISTAS
Segundo Passoni, especificamente as negociações referentes as bolsas estudantis: Cota no valor de R$ 300 e a Faperj (quem faz pesquisa) de R$ 420, estão sendo resolvidas diretamente com o governo do estado. O reitor ainda informou que as bolsas relativas ao mês de janeiro foram pagas nesta terça-feira (03/05).
“A gente tem negociado diretamente com o governo, tanto que não temos nenhuma dívida para com os bolsistas referente ao ano passado”, disse Passoni. Devido ao atraso no pagamento integral das bolsas e também a não liberação da verba para a moradia estudantil, os alunos da instituição decretaram greve, por tempo indeterminado, no dia 29 de janeiro último.
A Uenf conta hoje com cerca de 5 mil alunos (entre graduação e pós-graduação), além de 300 professores.
Fonte: Ururau
















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