A indústria do petróleo
desponta como a atividade com maior potencial de crescimento neste
momento, uma vez que o projetado polo siderúrgico caiu por terra após a
crise internacional. Os clientes instalados garantem à Prumo uma receita
anual de R$ 100 milhões com aluguel. Já o terminal de minério, em
funcionamento desde outubro do ano passado, acrescenta R$300 milhões.
“Fazendo uma conta absolutamente de padaria, começamos a poder pagar
dívida na hora em que passarmos de R$ 400 milhões em receita. E a gente
já vê isso acontecendo no curto prazo”, diz Parente.
A perspectiva reside na projeção de receita de R$100 milhões com o
terminal de transbordo de petróleo, operação conhecida como ‘ship to
ship’, que consiste em passar a produção de navios aliviadores (que
retiram o óleo das plataformas) para grandes petroleiros, que levam a o
óleo bruto para exportação. O gargalo na infraestrutura para este tipo
de operação leva parceiras da Petrobras no pré-sal, como a BG, ao
Uruguai, em uma viagem que dura três ou quatro dias a mais em cada
trecho. Este mês, o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inea) revogou a
licença para operações ‘ship to ship’ em Angra dos Reis, reduzindo
ainda mais a capacidade brasileira.
No porto, o vaivém de caminhões carregados indica que o pior da
crise, que chegou a paralisar quase completamente as obras em 2013, está
passando. As grandes obras de infraestrutura devem ser concluídas este
ano, gerando um alívio de caixa na empresa, após investimentos já
realizados de R$ 7,6 bilhões.
O orçamento de 2015 prevê investimentos de R$ 1 bilhão, quase metade
do ano passado, parte em execução física e parte para o pagamento de
fornecedores que tiveram que desmobilizar pessoal e equipamentos durante
o período crítico. “O risco do negócio é hoje bem menor”, diz o
executivo.
5 MINUTOS COM:
EDUARDO PARENTE, presidente da Prumo
Qual a previsão de conclusão das obras?
Não vai acabar nunca. Se olharmos o Porto de Tubarão, que é do início dos anos 70, há obras até hoje. E vai continuar. A infraestrutura básica, o grande gasto de capital para botar de pé, para a gente conseguir operar, está praticamente pronta.
Não vai acabar nunca. Se olharmos o Porto de Tubarão, que é do início dos anos 70, há obras até hoje. E vai continuar. A infraestrutura básica, o grande gasto de capital para botar de pé, para a gente conseguir operar, está praticamente pronta.
O porto já começa a gerar receita. Há alguma previsão de chegar a fluxo de caixa positivo?
Estamos em uma situação bem mais confortável. O terminal de transbordo de petróleo não opera este ano ainda, mas esperamos ter boas notícias de contratos de longo prazo em breve. Na hora em que o porto está pronto, a situação comercial fica muito mais simples.
Estamos em uma situação bem mais confortável. O terminal de transbordo de petróleo não opera este ano ainda, mas esperamos ter boas notícias de contratos de longo prazo em breve. Na hora em que o porto está pronto, a situação comercial fica muito mais simples.
A evolução financeira do projeto é comum para um empreendimento deste porte ou foi prejudicada pela crise?
Difícil encontrar um projeto deste porte para comparar. Tem projetos grandes, como Belo Monte e a duplicação de Carajás, mas um projeto de uso público financiado com capital privado não tem. As pessoas comparam com Suape, mas é uma realidade muito diferente.
Difícil encontrar um projeto deste porte para comparar. Tem projetos grandes, como Belo Monte e a duplicação de Carajás, mas um projeto de uso público financiado com capital privado não tem. As pessoas comparam com Suape, mas é uma realidade muito diferente.
Fonte: O Dia
















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