Aconteceu nesta terça-feira (07) no plenário da Câmara Municipal de São
Francisco de Itabapoana-RJ, o 3º Ciclo de Palestras sobre o Meio Ambiente; o
evento contou com Renato de Buena, presidente da Câmara Municipal, o vereador
Claudinho Viana, o ex vereador Zé Cherene, Romário Bernardo membro do conselho
de Segurança Pública CONSEG, Dr. Cláudio
Heringer ex secretário do Meio Ambiente, Dr. Joilso procurador da Câmara, Dr.
Paolo Pereira procurador geral do município que na ocasião, representou o
prefeito Pedrinho Cherene, Luiz Gonzaga da Silva atual secretário do Meio
Ambiente, Daniel Vasconcelos Shimada Brotto do projeto Tamar, Dra. Maristela
Naurath Rebello de Faria promotora de Justiça, Dr. João Gomes da Siqueira médico
veterinário e professor, presidentes de associações, Roberto Pinheiro Acrushe
presidente da Academia de Letras Pedralva e historiador, Gerson Wellington
presidente da CDL de São Francisco de Itabapoana, representantes de entidades,
convidados e a imprensa.
“O projeto Tamar tem a parceria e a conscientização dos pescadores que
contribuem ao entregar os animais (tartarugas) onde as mesmas passam por um
sistema de reabilitação e registro acontecendo dessa forma, a preservação da
espécie. Este ano, tivemos mais de duzentos mil filhotes soltos e a proporção do
filhote chegar à fase adulta é de apenas um ou dois a cada mil. Redes, anzóis,
além de choques nos cascos de embarcações, são os principais perigos
enfrentados pela espécie além da iluminação não apropriada dos postes pela orla
marítima” disse Daniel do projeto Tamar.
As funções, as atuações do Ministério Público e as questões relativas ao
Meio Ambiente, foram os principais temas abordados pela Dra. Maristela.
“Devemos preservar o Meio Ambiente que é de todos nós de forma coletiva e não
no sentido individual, lembrando sempre que os recursos são “finito” e sempre
cumprindo as normas legais.
A pesca clandestina (proibida) que é feita de forma ilegal, com falta de
higiene, sem locais adequados, acondicionamento insuficiente, pescado jogado no
chão, camarões recolhidos com pá de
lixo, isso não é um crime contra o Meio Ambiente, é contra o consumidor também
e essa pesca é também levada para outros estados e o Ministério Público age de
forma rígida nesses casos, punindo os transgressores. Tem que haver a harmonia
entre o campo e a cidade” completou a Dra. Maristela.
“Quisera
que nós tivéssemos um contingente necessário aqui no município para fazer
frente a essa degradação que ocorre no Meio Ambiente e penso também que jogar
lixo no meio da rua é sim uma falta de educação, temos que abominar essa
cultura que deve ser combatida o tempo todo” completou o Dr. Cláudio Heringer.
Paulo Roberto escritor e poeta, recitou uma poesia de sua autoria “Mãe
Natureza”.
O
médico veterinário e professor Dr. João Gomes de Siqueira alertou que estamos
ainda sob o reflexo da crise hídrica de 2014 com baixos índices pluviométricos
aqui em nossa região, demonstrando e exibindo em mapas que São Francisco de
Itabapoana ainda sofre impactos relevantes e em toda região norte do estado do
Rio de Janeiro atingida pela escassez de chuvas, bem abaixo do normal,
considerada como região árida.
O nosso índice anual pluviométrico é de 750mm e tivemos
apenas 540mm, disse ele, acrescentando que 240 litros de água em média, são
gastos por pessoa diariamente aqui no Brasil. Lembrou também das enchentes que
assolaram a nossa região em 2007 e esse fato voltará a acontecer de forma mais
acentuada porque a calha do rio Paraíba do Sul está bastante assoreada erodindo
novos caminhos em outras direções e essa previsão está aí colocada para as
autoridades governamentais. O Paraíba do Sul nasce no Vale do Paraíba no estado
de São Paulo, avança fazendo divisa com Minas Gerais e no estado do Rio de
Janeiro, na cidade de Barra do Piraí, ocorre a transposição das águas que
abastece a capital Rio de Janeiro e também as cidades da baixada fluminense e
tem a sua foz aqui entre São Francisco (Gargaú) e São João da Barra (Atafona).
Dois terços das águas do rio Paraíba do Sul, são então desviadas, ou seja, o
rio apresenta um maior volume de água antes de chegar ao estado do Rio de
Janeiro, já aqui na foz esse volume é bem menor, quando o normal, seria o
contrário, afirmou o Dr .João Gomes de Siqueira.
Renato de Buena, presidente da Câmara, indagou sobre qual seria o tipo
de árvore ideal para o plantio e que resultaria na maior obtenção no volume de
água próximo a nascente. Resposta: É aconselhável o replantio da mesma espécie
de mata ciliar próximo ao local.
Foram palestras, informações, apresentação de mapas, projeções e
esclarecimentos que tornou o 3ª Ciclo de Palestras sobre o Meio Ambiente,
bastante interessante e produtivo.
Matéria e fotos: Ronaldo Brum.
1 comentários:
Excelente cobertura do evento.
Postar um comentário